Inocência infantil no século XXI
07/11/2013 09:57 Inocência infantil no século XXI
(este texto não foi publicado no jornal)
Em meados dos anos 70 circulou nas telas dos cinemas um filme de ficção que juntou violência com terror. Violência como ingrediente para entretenimento não é novidade desde quando a mídia encontrou esse filão lucrativo. Porém, o diferencial desse filme é que os autores das atrocidades não eram adultos e sim crianças. Hoje já existem muitos títulos enfocando crianças violentas. Naquela época, o referido filme causou impacto porque crianças terroristas era coisa inédita até então. Passados 40 anos, constatamos que a “vida imita a arte”. Homicídios praticados por menores, bandidos ou não, em escolas ou não, estão registrados nos laudos policiais do século XX e XXI. Um dos mais recentes é o caso de Marcelo Pesseghini, garoto de 13 anos, que matou o pai, mãe, avó e tia-avó e depois se suicidou. Evidências mostram isso. Porém, com a sua morte também se foi a esperança de um laudo mais preciso sobre este caso não totalmente esclarecido.
E, dentre tantas outras, surge uma pergunta: nossas crianças perderam a inocência? Ou será que já nascem com tendência para o mal?
Davi ajuda-nos a entender essa questão: “ Sei que sou pecador desde que nasci; sim, desde que me concebeu minha mãe”. Salmos 51:5. Portanto esta declaração deixa claro que já nascemos com essa marca, tendência para praticar o errado. Mesmo que seja difícil de acreditar, aquela coisa “fofinha” que as mães e pais embalam, pode sim, tornar-se um tirano de fraldas. E pior ainda quanto mais crescer. Para confirmar isso, basta pesquisar entre pais de bebês, e melhor ainda, entre pediatras.
Esse problema existe, sim, mas Nosso Maravilhoso Deus, que é Pai, deixou a prevenção e cura registrada há muito tempo, pela palavra do sábio Salomão: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” . Provérbios 22:6.
Alguns podem refutar dizendo que o meio ambiente, cultural circundante afeta e poderá estragar a vida do rapaz. Porém, há exemplo prático, sim, de sucesso mesmo em meio totalmente desfavorável: o exemplo de Ben Carson. Pobre, negro, filho de mãe abandonada e vivendo na periferia de Detroit dos anos 60. O pior aluno da escola do qual todos colegas zombavam. Porém, sua mãe Sonya Carson sempre trabalhou em prol dos filhos e nunca deixou que se sentissem pior do que os demais colegas, muito pelo contrário, “Você pode fazer qualquer coisa que os outros fazem… Mas somente você pode fazer melhor!”. Exigiu que seus filhos assistissem somente dois programas de televisão por semana e que passassem todo seu tempo livre na biblioteca, na qual deveriam apresentar relatórios de pelo menos 2 livros por semana.
Obedientes à sua mãe, Benjamin e seu irmão fizeram como o combinado e começaram a sentir a mudança em suas vidas. Ben já não tirava mais as piores notas de sua sala e começou a gostar disso. Foi o melhor aluno de sua escola na oitava série e o terceiro aluno melhor no ensino médio. Conseguiu uma bolsa de estudos completa para o curso de medicina na renomada Yale University. Após terminar a faculdade, competiu por 2 vagas do programa de residência em neurocirurgia do Hospital Johns Hopkins, dentre mais de 130 candidatos. Conseguiu, até que, em 3 anos, se tornou chefe do departamento de neurocirurgia pediátrica.
Tudo isso até ser desafiado a realizar a maior cirurgia de sua vida: a separação de dois gêmeos siameses ligados pela parte posterior da cabeça. Até então tal cirurgia era feita, mas infelizmente uma das crianças morria. Inconformado com tal posição o Dr. Carson preparou uma operação complexa e delicada que exigiu cinco meses de preparativos e vinte e duas horas de cirurgia. Executando tal feito com excelência, Ben Carson conseguiu fama de relevância mundial. Benjamin Carson tornou-se o maior neurocirurgião pediátrico do mundo, o primeiro a conseguir separar dois gêmeos siameses interligados pela cabeça, conseguindo preservar a vida das duas crianças, o que até então era considerado impossível.
Tudo esse resultado foi obtido graças aos esforços de uma mãe dedicada, uma fiel cristã adventista do sétimo dia, que creu na Bíblia Sagrada e obedeceu às instruções divinas. Isso não é tão difícil como alguns negativamente poderiam pensar, é o que revela Deus em 1 João 5:3 : “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados”. Porém há um detalhe mais para obter o sucesso: fazer de Jesus o Parceiro principal para este e todos empreendimentos: "Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma”. João 15:5. Com Jesus é possível sim, até encarar o desafio de preservar a inocência infantil. Está escrito.
Fonte sobre Ben Carson: https://www.lerounaoler.com.br/resenha-livro-ben-carson/
Luiz Komoda, designer e adventista do sétimo dia, escreveu durante 13 anos, a coluna Cotidiano Bíblico no O Imparcial. Pesquisador bíblico, de saúde natural, etc.
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